Vaquejada de Serrinha - De 06 a 09 de setembro de 2018.

Curiosidades

MORMO

O mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa que acomete equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderia mallei; pode também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Esta enfermidade é conhecida a vários séculos e no anos de 1968, foi considerada extinta no Brasil. No entanto, estudos sorológicos realizados nos anos de 1999 e 2000 detectaram a presença da doença em alguns estados do nordeste brasileiro. Já nos Estados Unidos e na Europa, esta doença foi erradica; na África e Ásia frequentemente é diagnosticada.

A infecção pela bactéria se dá através do contato com fluídos corporais dos animais doentes, como: pús, urina, secreção nasal e fezes. Este agente pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (através de alguma lesão), alcançando a circulação sanguínea, indo alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos pulmões e fígado. Esta bactéria possui um período de incubação de aproximadamente 4 dias.

Sintomas: Na forma aguda, os sintomas apresentados pelos animais são: febre, prostração, fraqueza e anorexia; surgimento de pústulas na mucosa nasal que viram úlceras profundas que geram uma descarga purulenta, tornando-se sanguinolenta posteriormente com formação de abscessos nos linfonodos.

Tratamento: não é indicado, pois os animais permanecem infectados por toda a vida, tornando-se fontes de infecção para outros animais.

Controle: O mormo é baseado no isolamento da área que contém animais doentes, sacrifício destes animais positivos, isolamento e novo teste dos suspeitos, cremação dos corpos dos infectados, desinfecção das instalações e todo o material que entrou em contato com os doentes. Deve também ser feito um rigoroso controle do trânsito de animais entre os estados e internacionalmente, com apresentação de resultados negativos de testes realizados até, no máximo, 15 dias antes do embarque dos animais.

ANEMIA INFECCIOSA EQUINA

A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença infecciosa, provocada por vírus que acomete os equinos, é transmitido por meio do sangue de um animal infectado, através da picada de insetos hematófagos ou por agulhas, arreios, leite, placenta (transmissão congênita), sêmen (acasalamento) e pelo soro imune. A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros equinos.

Sinais clínicos: São brandos e inespecíficos.
O animal pode apresentar uma fase febril - na viremia - e outra afebril - quando o vírus não está se multiplicando no sangue. Por isso a febre é dita recorrente. Ele pode ficar se multiplicando ou então ficar latente.

O animal tosse, é inapetente, apresenta cansaço, dispneia, anemia, esplenomegalia, hepatomegalia, linfonodos reativos, fadiga, taquipnéia, perda de peso, hemorragias petequeais, apresenta edema ventral e outros. E na fase latente ele pode não apresentar nada.

Tratamento: Não é realizado. É indicada a eutanásia dos animais doentes. Esta doença não tem vacina.

Medidas de saúde pública: Deve-se realizar o teste sorológico sempre que se for transitar com os animais seja para levar a feiras ou exposições, ou ainda na compra; Fazer a quarentena (até 60 dias) na compra de animais; Controlar os vetores visto que esta é a principal forma de transmissão; Realizar a antissepsia dos ferimentos para que o vírus não se dissemine; Desinfecção dos utensílios; Sacrifício dos positivos.

É uma doença de Notificação Obrigatória. E somente o veterinário cadastrado no Ministério da Agricultura pode realizar o teste e emitir o atestado oficial.

Fontes

Redeingresso